segunda-feira, 27 de abril de 2015

  REFERÊNCIAL TEÓRICO - CURRICULO


A educação da infância deve ser prioridade, a investigação, o experiênciar, o criançar deve ter um acompanhamento desde cedo.
As múltiplas possibilidades de descoberta que a infância tem, nos leva a pensar na infância como algo doce e criativo. Sendo a criança sujeito sócio histórico e cultural, cidadão de direitos, ser que tem especificidades no seu desenvolvimento que é determinado pela interação entre ambos, entre os espaços, é papel do professor desenvolver essas habilidades nos seus movimentos, nas suas expressões, pois as interações que elas estabelecem no dia – a – dia levam – nas a vivenciar diversas práticas sociais, eles se apropriam desses conhecimentos a partir da interação entre crianças e adultos, pois como diz Faria,

 
A autonomia física é conquistada, nesse momento da vida, pelo intenso desenvolvimento físico e motor que é marcada por sucessíveis transformações, as quais indicam o crescimento das crianças. As especificidades do desenvolvimento físico e motor nesta faixa etária trazem a necessidade de propiciar às crianças experiências que lhe permitam se relacionar com o mundo e com os outros a partir de sua corporeidade. (Vitoria Faria, 2012, p. 58)


Assim surgem necessidades de construir significados em relação ao meio em que ela vive, explorando esse mundo, assim as crianças vão se constituindo, vão estruturando movimentos, aprendendo a estabelecer relações com o ambiente, assim também vão percebendo limites e possibilidades permitindo que as interações sociais propiciem a construção da linguagem e do pensamento da criança manifesta seus desejos para que possamos desafia–las no sentido de desenvolver suas habilidades, através das diversas culturas existente dentro de uma sala de aula, dentro da escola,


As experiências culturais selecionadas para o currículo de uma IEI devem mobilizar a atenção e a percepção em suas variadas dimensões para que possam produzir memórias de longa duração, ou seja, aprendizagens. Devem também favorecer o desenvolvimento da imaginação, pois é por meio dessa capacidade que é possível resolver situações problema, superar perdas, criar novas possibilidade da atuação no mundo, exercitar o poder inventivo da espécie humana. A imaginação se constituir como mola propulsora do desenvolvimento da cultura e do conhecimento humano em todas as esferas.  (Vitoria Faria,2012, p.62)



Esse campo da infância propicia diversas vontades e possibilidades por parte das crianças, cabe ao professor explorar e investigar a curiosidade e a busca do conhecimento, devem ser trabalhadas temas que partam da sua realidade. Diante dessas possibilidades o professor não deve se preocupar em acumular conhecimentos mas sim em aguçar a capacidade de curiosidade da criança, onde ela pense, pergunte, levante hipóteses, possa explorar, experimentar, enfim a criança deve ser estimulada a querer saber, cada vez mais ser criança e explorar o mundo a sua volta. O aprendizado dos conhecimentos produzidos e sistematizados ao longo da escolarização, ocorre por meio de interações entre os sujeitos e as estratégias intencionalmente organizadas pelo professor. Essas interações se dão em diversos momentos durante a aula, nas cantigas, nas atividades, e principalmente nas brincadeiras.



(...) O brincar é uma das formas privilegiadas das crianças se expressarem, relacionarem-se, descobrirem, explorarem e conhecerem sua realidade física e social. Brincando constroem sua subjetividade, constituindo-se como sujeitos humanos em determinada cultura (...) (Faria, 2012, pág. 118).


Através de brincadeiras, do lúdico, a criança é capaz de desenvolver inúmeras capacidades, a partir das brincadeiras surgem vários questionamentos, esse brincar, não cabe só as crianças, digamos, brincar sozinhas, e sim, nas relações dentro de um grupo, a importância do professor como mediador e responsável por ampliar  o processo cultural das crianças, consiste em que elas se comunicam pelo brincar, uma intervenção positiva e a apresentação de novas brincadeiras e de instrumentos para enriquecê-las afirma o quão importante é o papel da escola em desenvolver a autonomia dessas crianças. Para que isso ocorra, esse processo depende de intervenções por parte dos professores, que coloquem elementos desafiadores nessas “brincadeiras”, possibilitando aos pequenos desenvolver muitas habilidades.
O professor, mediador, possibilita as crianças desenvolverem inúmeras possibilidades de experimentação, conhecendo, tocando, fazendo experiências com elementos de seu convívio, a partir daí se darão novas aprendizagens, essas proporcionarão constituir e construir novas memorias, para que assim possam conhecer e se familiarizar com diversas aprendizagens e novos conhecimentos.
Ao desenvolver todas essas capacidades de experiênciar, o professor, cumpre seu papel de educar e de cuidar, pois ambos na Educação Infantil, devem estar interligados sempre,


(...) é importante destacar que o ato de cuidar deve estar associado ao ato de educar, principalmente quando estamos nos referindo a crianças pequenas, quanto menor a criança, maior deve ser a ênfase ao cuidado e a educação(...)


A pedagogia organiza-se em torno dos saberes que se constroem na ação situada, em articulação com as concepções teóricas e com as crenças. A pedagogia sustenta-se, assim, numa práxis, isto é, numa ação fundada na teoria e sustentada num sistema de crenças.
Os saberes pedagógicos criam –se na ambiguidade de um espaço que conhece as fronteiras mas não as delimita, porque a sua essência está na integração.
Para esse podemos fazer uso das várias áreas de aprendizagem, pois são elas que trarão o envolvimento na experiência e a construção da aprendizagem na experiência contínua e interativa. A imagem da criança é a de um ser competente que participa com liberdade, agência, inteligência e sensibilidade. O papel do professor é o de organizar o ambiente e o de escutar, observar para entender e responder.
Os eixos indicam campos onde se aspira a negociar e desenvolver propósito ao nível de finalidade, objetivos, meios, processos, documentação, avaliação, investigação, onde, ser e estar internacionaliza-nos para uma pedagogia do ser onde emergem aprendizagens, desde o nascimento, no âmbito das semelhanças e diferenças, o pertencimento e participação, intencionaliza uma pedagogia de laços onde o reconhecimento da pertença à família é alargado progressivamente à comunidade local e sua cultura, ao centro de educação de infância, à natureza. Experimentar e comunicar define uma pedagogia de aprendizagem experiencial onde a intencionalidade é a do fazer, experimentar em continuidade e interação, em reflexão e em comunicação.
As narrativas das jornadas de aprendizagens permitem uma outra ordem de intencionalidade e compreensão que se torna a base da criança. Compreender é inventar, compreende-se melhor quando se vive e se narra.
A Pedagogia da participação que se cria na intencionalidade em torno destes eixos cultiva as identidades e as relações que sustentam o reconhecimento das similitudes e das diversidades, propõe também a criação de situações para desenvolver as identidades, as relações, as linguagens e a significação.
As experiências vividas pelas crianças são um veículo para a aprendizagem dos instrumentos culturais e para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, quando se realizam através de processos de exploração, em comunicação social e Interpessoal.  A narrativa é um modo de pensamento que permite à criança usar inteligências múltiplas e sentidos plurais. Ao narrar, as crianças revelam os seus modos de pensar acerca da vida, do viver, do aprender, do eu, dos outros, das relações.
O espaço é um lugar de bem estar, alegria e prazer, um espaço aberto às vivencias e interesses plurais das crianças e comunidades. Um espaço que se caracteriza pelo poder comunicativo da estética, pelo poder ético do respeito por cada identidade pessoal e social, tornando parto seguro e amigável, abrindo-se ao lúdico e ao cultural.
A sala ganha densidade pedagógica na seleção dos materiais pedagógicos, isto é, na escolha dos livros de texto, sendo que remete o desenvolvimento de identidade pessoal e social.
Os materiais pedagógicos são um sustentáculo central para a mediação pedagógica da educadora junto da criança, visando experiências plurais para identidades plurais que se desenvolvem em culturas plurais.
Uma importância dimensão da pedagogia, é que as relações e interações são o meio central de concretização de uma pedagogia participativa, mediar a criança requer a compreensão da interdependência entre crianças que aprendem e o contexto de aprendizagens onde as interações adulto-criança são centrais, criar um momento em que as crianças tem direito de escutar a si própria para definirem as suas intenções e para escutar as intenções dos outros, é muito importante, ou seja, a criança ouve e se ouve. É dar a criança poder para se escutar e para comunicar a escuta que faz de si.
As crianças desenvolvem atividades e projetos que permitem aprendizagens experienciais de conteúdos e modos de aprender, pensar as atividades e projetos implica em tomar consciência de uma visão do homem, resgatar uma ideologia democrática para a escola que participa de uma sociedade democrática onde as crianças são sujeitas de direitos. Implica também resgatar o conhecimento em ação, o caráter prático do conhecimento, como expressão da ligação racional é ética das transações entre o sujeito e o meio.
O processo para registrar a aprendizagem das crianças, é o centro do processo de aprendizagem, documentar em colaboração para que as crianças possam exercer sobre a documentação os seus poderes descritivos e analíticos.


                                                                                          ANA PAULA SAMPAIO DA SILVA


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2 comentários:

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